sexta-feira, 31 de dezembro de 2010


Há no fim da estrofe
o que realmente teria que ser dito
o que importaria,
o que mais sufoca,
interrompe e não tem prazo pra acabar.
As indagações que nunca cessam,
os porques que nunca causam nenhuma
aspiração a qualquer resposta.
O final da estrofe é a chave,
como se procura a face de Deus
no céu e se encontra...
Mas tanto que calo e que
se engasga em mim,
que é impossível transferir
pro óbvio de tantas frases
formuladas por esses pensamentos
recém-saídos de um modelo
quase idêntico do que é loucura,
que pára no meio do caminho
e fica intacto,intransponível,
preso como muitas vezes me encontro
presa no infinito impossível do
meu eu mais perigoso e mais inacessível.

No final da estrofe,
eu sou nua e crua,
sem censura e liberta
do tudo e do nada
que se ocultam em mim
o tempo todo,
todo o tempo.





 
PS.e é assim que o ano termina...
Feliz novo ano!

3 comentários:

  1. Texto pretencioso e misterioso,me fez ficar pensando onde pode-se ler o "final da estrofe".

    Belo,encantador!
    Parabéns de novo e de novo.

    Beijos moça.

    ResponderExcluir
  2. A idéia é ótima" "o final da estrofe", e é bem assim, o final da estrofe tem sempre um misterio, um jogo de palavras, e no meu caso, adoráveis reticências.

    ResponderExcluir
  3. Costumo pensar que tenho uma relação,quase um romance com as reticências...rs.
    Gosto de ler isso 'final da estrofe',inspira-me!

    Ric,thanks!Mto gentil.
    bjs

    Kivia,
    adorei seu texto do dia 3.
    bjs

    ResponderExcluir