E foi com as tuas palavras que me fiz reconhecer na tua voz...
Foi com os gestos mais puros e mais loucos
que alguém poderia sentir e observar os teus olhos
que caminham sobre o chão do meu corpo
e que consomem minha alma como quem consome tudo.
Foi por tanto te dizer que ainda tenho muito a falar
e a minha boca fez morada na tua
como um selo intacto, intocável...
um lacre divino que mora em nós agora.
Foi assim que me senti invadida
pela tua luz que me cega para o que antes era cinza, pó e nada.
E é essa mesma luz que me guia pelo mundo
que morava na minha cabeça
e que hoje mora diante dos meus olhos.
Somos abrigos de nós mesmos,
um para o outro e ambos para o sonho que cresce
e transborda dentro do infinito que nos tornamos.