terça-feira, 1 de março de 2011

As Cores da Nossa Casa


As cores da nossa casa,
quais eram?Não as vejo mais.
Desbotaram-se sozinhas,vazias e
inexpressivamente,como nós...
Ainda resta um pouco de cinza-claro
embaçado com uma gota sobrevivente
de branco-amarelado,algo que
logo,o tempo se encarregará
de desbotar também.
Lembro-me do céu azul anil
a contrastar com tantas vivas cores
de uma paisagem limpa,pura,alegre,
mas que em meus olhos já
não reflete mais tanta luz.

São pedaços de pequenas coisas e cores
que morrem junto da gente
sempre que morremos junto delas.

8 comentários:

  1. Adorei a última estrofe. Quase sempre que morremos, afinal, algumas cores morrem junto.

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  2. BEm vinda,Claudia!
    A morte é cinza.

    Bjs.

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  3. Belo e... triste como muito do que existe, teu poema lembrou-me um verso de uma canção do Pink Floyd:

    "Day after day, love turns gray. Like the skin of a dying man".

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  4. "Dia após dia" acaba tornando-se uma rotina cansativa,mas combina mesmo com os versos escritos acima...rs.

    Grata Getulio!

    =)

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  5. soh sabemos q gostamos de alguem quando estamos sem ela!

    teu texto me lembrou algo assim: que eh preciso se desfazer de um circulo pra formarmos outro.

    bjo grande judy!

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  6. Ciclos..parece que é assim que funciona a vida...

    Bjs Ale.
    =)

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